14.7.12

Pílula do dia seguinte carrega altas doses de hormônio, causa efeitos colaterais, não é abortiva e não protege contra DST’s



Apesar de as pílulas anticoncepcionais e a pílula do dia seguinte (PSD) fazerem parte dos contraceptivos, que impedem a gravidez, elas não são iguais e não devem ser substituídas ou consumidas junto. Ambas previnem a gravidez não planejada, porém a PSD é limitada a casos emergenciais, isso porque contém cerca de vinte por cento a mais de hormônio, causando vários efeitos colaterais se tomada com frequência. Outro problema da PSD é que ela não protege a mulher contra as famosas e temíveis doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) como aids, hepatite C, sífilis etc. Se você teve uma relação desprotegida, marque urgente um ginecologista. Só ele poderá indicar qual o melhor procedimento, qual o melhor método para evitar a gravidez e os exames necessários para verificar se não ocorreu alguma contaminação!
Diferenças entre a pílula anticoncepcional e a PSD - Enquanto o anticoncepcional faz um trabalho dosado, por isso deve haver uma rotina programada para a sua ingestão, a PSD pode ser ingerida em dose única ou duas doses, sendo uma dose nas primeiras horas após a relação sexual e a outra dose 12 horas depois. É bom lembrar que o uso das duas pílulas juntas pode desregular totalmente o ciclo menstrual.
A PSD é indicada para casos emergenciais, onde não há presença de nenhum outro método contraceptivo, por exemplo:
- Ausência de preservativo, feminino ou masculino;
- Quebra da rotina da pílula anticoncepcional, desordem nos horários.
A eficácia da PSD é de até setenta e duas horas após a relação sexual, ou seja, quanto antes for ingerida, maior a eficácia contra a gravidez não planejada. Confira:
24h depois: 5% de chance de falhar;
25h a 48h depois: 15% de chance de falhar;
49h a 72h depois: 42% de chance de falhas.
Vale dizer que a PSD não é abortiva, ela apenas impede os processos de gravidez, antes mesmo que aconteçam e, caso seja ingerida após o processo ser concluído, não apresenta risco algum para o bebê. Nunca use a PSD como opção de rotina. Isso porque se for ingerida desnecessariamente, além dos efeitos colaterais, o organismo receberá uma dose alta de hormônios, o que pode ser prejudicial.
Os efeitos colaterais da PSD são:
- Dores de cabeça;
- Cólicas;
- Aumento do fluxo menstrual;
- Alteração no tempo de ovulação;
- Sensibilidade nos seios;
- Náuseas.
Importante: Em algumas pessoas a PSD, por apresentar uma concentração muito alta de hormônio, pode causar coágulos no sangue.
Se, após ingerir a PSD, houver vômito ou diarreias nas primeiras horas, pode ser necessário repetir a dose.
Quem faz uso regularmente de pílulas anticoncepcionais não precisa combiná-lo ao uso da PSD, pois as pílulas anticoncepcionais foram formuladas para evitar a gravidez não planejada, incluindo o momento de pausa (que também é programado), de modo que, o risco de engravidar durante esse período é mínimo. O problema ocorre quando o ciclo é interrompido… Um dia de esquecimento pode comprometer o ciclo inteiro.
Se acontecer uma falha na proteção contraceptiva, a PSD nunca deve ser ingerida sem recomendação médica. O mais indicado é sempre procurar o ginecologista nas primeiras vinte e quadro horas depois da relação sexual desprotegida. Só este profissional é capaz de indicar a melhor PSD para que não haja falhas ou efeitos colaterais fortes e desnecessários.
Finalmente, para que você evite a gravidez, mas não corra riscos de adquirir uma doença sexualmente transmissível (DST), é bom lembrar que a PSD jamais pode substituir as pílulas anticoncepcionais ou os preservativos, tanto femininos, quanto masculinos. Além da dosagem muito alta de hormônios, elas não protegem contra as DST’s, incluindo a aids, hepatite C, sífilis etc.

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